Para onde vai o BRICS+: expansão, rede de fóruns e oportunidades práticas para negócios em 2025?

Dezembro 16, 2025

A semana traz dois sinais-chave: São Petersburgo sedia o Fórum Municipal Internacional do BRICS com 5 mil participantes de mais de 50 países, definindo uma agenda prática de "cidades inteligentes" à transformação verde, conforme informado pelos organizadores, e o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, confirmou publicamente que o país está pronto para aderir à união "amanhã mesmo", como divulgado pela Gazeta.Ru.

Quais sinais de expansão a Malásia e outros pretendentes apresentaram?

O principal é a Malásia: Anwar Ibrahim declarou a disposição de aderir "imediatamente"; a Venezuela também sinalizou a intenção de ingressar, e a Tailândia anteriormente aceitou um convite, conforme registrado pela Gazeta.Ru.

"Sim, claro, ainda queremos aderir [ao BRICS]. Se formos aceitos amanhã, entraremos amanhã."

Em meio a discussões sobre tarifas por parte dos EUA, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia refutou quaisquer intenções dos membros atuais de deixar o bloco, enfatizando o caráter voluntário da participação, como relatado pelo "Vechernyaya Kazan" com referência a uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa.

Como a rede de fóruns BRICS-2025 se transforma em infraestrutura de cooperação?

Ela está sendo construída desde soluções municipais até trilhas de investimento e científico-tecnológicas: São Petersburgo (29–31 de outubro) – sobre gestão urbana e desenvolvimento sustentável; Kazan (31 de outubro) – sobre investimentos e negócios; "Sirius" (26–28 de novembro) – sobre ciência e capital humano.

O evento âncora é São Petersburgo: na pauta, 15 direções com foco prático – digitalização da gestão, "cidades inteligentes", transformação verde, finanças municipais e investimentos, em sinergia com a feira "Industrial Russo", conforme esclarecido pela Gazeta.SPb.

A chave para os negócios são os formatos de trabalho e o contato direto entre cidades, investidores e empresas de tecnologia.

Em Kazan, no âmbito da sessão itinerante do Fórum Internacional de Investimentos do BRICS, será realizado um debate focado em projetos estratégicos e interação direta com investidores dos Emirados Árabes Unidos e países do BRICS+, conforme transmite o "360°".

A agenda regional se expande: delegações da Ásia Central irão ao fórum de São Petersburgo para estudar casos russos e chineses sobre digitalização, resíduos, abastecimento de água e sistemas de energia; o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS está declarado como fonte de financiamento para projetos de transporte e energia, conforme anunciado pelo 365info.kz.

Quais consequências sistêmicas essa onda pode trazer – para finanças, ciência e "soft power"?

Primeiro – autonomia financeira: nos fóruns, discute-se abertamente a redução da dependência de moedas ocidentais e as liquidações em moedas nacionais e digitais do BRICS, conforme observado pelo 365info.kz.

Segundo – institucionalização da cooperação científica: o V Congresso de Jovens Cientistas ("Sirius", 26–28 de novembro) inclui um fórum do BRICS sobre pesquisas socio-humanas e um novo formato "Feedback" para o diálogo entre cientistas, autoridades e empresas, como indica a arquitetura do programa da InScience.

Terceiro – reforço da componente cultural: a entrega da Ordem Internacional BRICS ao poeta iraquiano Ali Shallal ilustra o crescente "soft power" e a conectividade cultural do espaço BRICS, conforme informado pela "Bolshaya Aziya".

Onde estão as próximas oportunidades táticas para empresas do BRICS+?

Resumidamente: infraestrutura e energia "verde", tecnologias urbanas e resíduos-em-energia, ciência aplicada e cooperação P&D, plataformas de negócios com capital do Oriente Médio, bem como compras municipais e projetos inter-regionais.

  • Infraestrutura e energia "verde": janela de financiamento através do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e projetos urbanos da Ásia Central – transporte, sistemas de energia, centros hídricos, conforme descrito pelo 365info.kz.
  • "Cidades inteligentes" e tecnologias limpas: o fórum de São Petersburgo traz à tona práticas de gestão digital, ambiente urbano sustentável e finanças municipais – esta é uma lista curta de prioridades para exportadores de soluções, conforme indicado pelo programa.
  • Negócios e capital: a plataforma de Kazan visa o contato direto com investidores dos Emirados Árabes Unidos e parceiros do BRICS+ – uma oportunidade para testar rapidamente o interesse em projetos e co-investimento, conforme comunicado pelo "360°".
  • P&D e talentos: as trilhas científicas (energia, IA, biotecnologia) oferecem um canal para parcerias universidade-empresa-região; a demanda por soluções aplicadas foi confirmada na agenda do Congresso de Jovens Cientistas.
  • "Portões" regionais: a participação do porta-voz da Duma de Stavropol no Fórum de São Petersburgo e o foco do Tartaristão em relações internacionais após a cúpula do BRICS em Kazan abrem pontos de contato para projetos inter-regionais, conforme relatado pelo "Stavropolskaya Pravda" e conforme enfatizado por Rustam Minnikhanov.
  • Diplomacia cultural e humanitária: a participação em iniciativas de rede – de prêmios a festivais – apoia a marca e o acesso a públicos do Sul Global.

Em resumo: o pedido de adesão da Malásia e a série de fóruns de diferentes níveis sinalizam a transição do BRICS+ de declarações políticas para uma infraestrutura de projetos. Para as empresas, este é um sinal para agir – entrar através de projetos municipais, buscar co-financiamento do NBD, testar negócios em sessões regionais e construir liquidações em moedas nacionais com parceiros-chave.