A semana foi impulsionada por três eventos: o 11º Festival Internacional de Cinema "Jardim Dourado" (Zolotaia Bashnia) na Inguchétia recebeu os primeiros trabalhos de cineastas do BRICS e parceiros, totalizando 136 obras, e as inscrições continuam até 25 de outubro, como informou Madina Dzortova; no Brasil, começou a fase presencial do programa "Grandes Professores BRICS", focado em acordos interuniversitários e diplomacia pública, com abertura realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A reação é a expansão geográfica e o apoio institucional. No "Jardim Dourado", representantes da Argentina, Brasil, Nigéria, Cuba, Irã e Índia se inscreveram pela primeira vez; o volume total é de 136 obras, em comparação com 90 no ano anterior. As inscrições continuam até 25 de outubro, e a exibição está marcada para 15 a 20 de outubro em Magas, como confirmou Dzortova.
O foco do programa é a memória histórica e o cinema documental: a programação inclui filmes sobre o Desfile de 1941 em Kuybyshev e o feito do arqueólogo Stanislav Strzeletsky, além de uma obra que traça paralelos entre os eventos da Grande Guerra Patriótica e a situação em Donbass, detalhes que apresenta Tsargrad.
Simultaneamente, em Yakutsk, em 14 de outubro, foi inaugurado o 8º Festival Internacional de Poesia "A Benção da Grande Neve" com a participação de poetas da China, Mongólia, Brasil, Iraque, Cazaquistão e regiões da Rússia; a programação inclui a apresentação da tradução do épico cazaque "Kobylandy Batyr" para o idioma yakut, conforme noticiado pela Ulus.media.
Estas não são ações isoladas, mas uma agenda interligada: do cinema e literatura à educação e intercâmbios juvenis.
A principal mudança é a transição de gestos simbólicos para infraestrutura: acordos interuniversitários, abertura de centros culturais e educacionais, projetos de memória histórica e missões comerciais. Foi exatamente assim que o papel do programa "Grandes Professores BRICS" para a diplomacia pública foi explicado pelo vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov.
"O programa se estabeleceu como uma ferramenta eficaz de diplomacia pública. Ele é de natureza prática: centros culturais e educacionais são abertos, projetos de preservação da memória histórica são realizados, laços interuniversitários são fortalecidos, novos formatos de interação humanitária e comercial são lançados…" — Sergey Ryabkov
Os festivais se tornam pontos de entrada para essas redes. Os organizadores do "Jardim Dourado" posicionam a plataforma como "única para troca de experiências, apresentação de novos trabalhos e fortalecimento de laços culturais" — com um crescimento acentuado de inscrições e abrangência geográfica, conforme relata a TASS.
Paralelamente, iniciativas locais se conectam à agenda do BRICS. Em Kazan, a exposição individual "Sempre é Hora de Tomar Chá" reinterpreta o legado da Grande Rota do Chá — tema lembrado pelo líder chinês na cúpula de Kazan; o projeto é visto como uma ponte cultural entre Rússia e China, como descrito pela BIZNES Online.
As principais janelas de oportunidade são participação, coprodução e parcerias educacionais, ligadas a datas e locais específicos.
Conclusão prática: a cultura se tornou um ponto de entrada de baixo risco para conexões do BRICS — da coprodução e licenciamento a acordos universitários e conteúdo turístico. Esses projetos já preveem mecanismos — de memorandos a missões comerciais — que podem ser utilizados sem longos ciclos de aprovação.