Como o "Mapa Digital de Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) do BRICS" transforma o interesse de investidores em negócios concretos nos países BRICS+?

Novembro 2, 2025

As autoridades russas apresentaram aos parceiros do BRICS o "Mapa Digital de Zonas Econômicas Especiais" – um navegador de investimento unificado para benefícios e locais nos países da associação, em meio ao aumento de 50% na receita de residentes estrangeiros das ZEEs russas em 2024 e benefícios totais superiores a 50 bilhões de rublos, conforme reportado pela publicação "MangaZeya".

O que exatamente foi apresentado e por que isso é importante para os investidores?

A plataforma é um "mapa" unificado de ZEEs do BRICS com dados atualizados sobre regimes, benefícios e infraestrutura, projetado para reduzir o tempo de entrada de projetos transfronteiriços e integrá-los em cadeias de produção e logística. De acordo com os dados apresentados no fórum, a receita de residentes estrangeiros das ZEEs russas aumentou 50% em 2024, e o volume total de benefícios recebidos pelos residentes ultrapassou 50 bilhões de rublos, conforme relatado na plataforma.

A avaliação de especialistas destaca o efeito de redução de barreiras para investidores: a apresentação do "Mapa Digital de ZEEs do BRICS" pode fortalecer a cooperação internacional e atrair capital transfronteiriço, conforme observado por interlocutores da Academia Presidencial.

Onde a demanda dos parceiros do BRICS já está visível e como ela se converte em projetos?

O primeiro projeto da PowerChina na Rússia – o complexo multifuncional "YarPark" em Kazan – ilustra a disposição do capital chinês em entrar em flagships regionais: 29 bilhões de rublos em investimentos, 302 mil m² de construção e 13 edifícios com hotel, apartamentos, centro de convenções e escritórios, conforme informado pelo BIZNES Online.

Após as negociações entre o prefeito de Kazan, Ilsur Metshin, e o diretor-geral da PowerChina, Tang Yuhua, a empresa confirmou a intenção de realizar o projeto como um "exemplo modelo de cooperação russo-chinesa" e discutiu com a cidade áreas adicionais – reciclagem, infraestrutura hídrica e energia.

O que a África oferece: por que o Congo é uma janela de oportunidades para empresas russas?

O setor privado do Congo, por meio do Congresso Empresarial (CCEC), busca ativamente parceiros russos, destacando como prioridades a agricultura (importação de 80% dos alimentos), energia (incluindo hidrelétricas), indústria, gestão de resíduos e digitalização de municípios, conforme enfatizado em entrevista o presidente do CCEC, Paul Nestor Muandzibi Ndinga.

"O Congo está aberto! As portas do nosso país estão abertas a todos que desejam trabalhar de forma honesta e eficiente. O Congresso Empresarial do Congo está pronto para ser seu parceiro e acompanhá-lo em cada etapa."

Adicionalmente, foram formadas joint ventures com parceiros russos (Biovermix e Central Africa Group) em projetos agrícolas. A principal barreira é a falta de crédito de longo prazo no país (bancos comerciais oferecem empréstimos de até três meses), o que leva as empresas a buscar investidores externos e financiamento de projetos.

Quais consequências sistêmicas para a cooperação dentro do BRICS+ já são visíveis?

O principal efeito é a transparência e comparabilidade dos regimes de ZEEs, o que acelera a "conexão" de projetos entre regiões e fornecedores estrangeiros, reduzindo os custos de transação de entrada. Essa trajetória – de dados unificados a novas conexões em cadeias produtivas – segue diretamente o objetivo do "Mapa Digital de ZEEs do BRICS" de fortalecer a cooperação internacional e reduzir barreiras ao capital, conforme observado no fórum.

Quais medidas táticas os exportadores e investidores devem tomar agora?

  • Utilizar o "Mapa Digital de ZEEs do BRICS" para uma lista curta de locais com benefícios e logística relevantes, com base na demanda real de residentes estrangeiros e na dinâmica de receita, conforme reportado.
  • Para projetos piloto, focar em setores já confirmados por casos de uso: construção de complexos multifuncionais e infraestrutura urbana (Kazan–PowerChina), reciclagem de resíduos, setor hídrico e energia – áreas discutidas no âmbito do projeto de Kazan, conforme escreveu o BIZNES Online.
  • Na África, começar pelos "gargalos": agroindústria (milho, soja, processamento local), instalações de energia (incluindo hidrelétricas) e limpeza urbana/resíduos – estas são prioridades definidas pelos negócios do Congo.
  • Planejar o financiamento considerando a falta de crédito de longo prazo no Congo: focar em investimentos externos e esquemas de projeto com parceiros locais do CCEC, conforme diretamente declarado na entrevista.
  • Acelerar negócios por meio de "presença física": missões comerciais, reuniões com ministérios e municípios (Brazzaville, Pointe-Noire) e lançamento de projetos digitais na gestão urbana – a demanda por digitalização foi expressa pelo Congo.
  • Na Rússia, basear-se no apoio das autoridades regionais: no caso de Kazan, o envolvimento direto da prefeitura e da república foi um fator na decisão de um grande investidor.

Conclusão: o surgimento de uma vitrine digital unificada de ZEEs do BRICS remove a principal barreira – a assimetria de informação. Neste contexto, a demanda dos parceiros já está se materializando em negócios concretos: capital chinês entra em Kazan, e negócios congoleses abrem as portas para projetos russos. Agora, quem sairá ganhando é aquele que mais rapidamente alinhar o mapa de benefícios às necessidades reais dos territórios e superar a lacuna de financiamento por meio de esquemas de parceria.