Em Dushanbe, os líderes da CEI (Comunidade dos Estados Independentes) estabeleceram o formato "CSI+", concederam à OCS (Organização para Cooperação de Xangai) o status de observador junto à CEI e prolongaram os poderes do secretário-geral Sergei Lebedev; foram assinados 19 documentos, incluindo a Estratégia de Cooperação Militar até 2030, conforme informa a Interfax. A ideia de "CSI+", iniciada há um ano pelo presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, adota a prática dos formatos abertos da OCS e do BRICS e, segundo a avaliação de Vladimir Putin, eleva o status e as capacidades da Comunidade, como transmite o canal MIR 24.
É uma "porta aberta" para envolver parceiros externos em reuniões e projetos da CEI, seguindo a prática da OCS e do BRICS. O novo formato permitirá a inclusão de estados e estruturas internacionais para uma agenda específica, e a OCS obterá o direito de participar como observador junto à CEI, como confirma a Interfax e como explicou o MIR 24.
Não estão previstos cúpulas conjuntas da CEI e da OCS, mas representantes das organizações poderão comparecer às reuniões uns dos outros, conforme declarou o assistente do presidente russo Yuri Ushakov.
"Este formato nos permitirá expandir a percepção mundial sobre a CEI... Estamos próximos em espírito à OCS, e agora ao BRICS".
Assim caracterizou o "CSI+" o secretário-geral da Comunidade, Sergei Lebedev, em entrevista, conforme relata MIR 24.
A principal mudança é a "costura" institucional de plataformas (CEI–OCS–BRICS) com foco na economia e nas liquidações em moedas nacionais. Vladimir Putin observou que o volume de negócios da Rússia com os países da CEI aumentou 7%, para US$ 112 bilhões, e "praticamente todos os acertos mútuos são agora realizados em moedas nacionais", como ele afirmou na cúpula.
O "CSI+" se posiciona não apenas como um diálogo, mas como um mecanismo de preparação de trilhas de projetos específicos — corredores de transporte, redes de energia, soluções digitais e iniciativas humanitárias, como descreveu a Trend.
Ao mesmo tempo, a lista de primeiros participantes do "CSI+" não foi revelada: a cúpula registrou o estabelecimento do formato, mas sem a lista de países que se juntarão primeiro, como esclarece a RBC.
O efeito a curto prazo são mais "pontos de entrada" na agenda e nos projetos da CEI para parceiros externos, mas dentro de uma coordenação suave (sem cúpulas unificadas).
Oficialmente, a lista não foi divulgada: Vladimir Putin enfatizou que "não faltam" interessados, e a adesão é prevista "dependendo da agenda" das reuniões específicas, como ele disse em conferência de imprensa e como esclareceu a ordem de participação a Interfax.
No lado da integração formal, o próximo passo já foi definido — a OCS recebeu status de observador junto à CEI; tal regime foi estabelecido em 2023 também na própria CEI para parceiros externos, o que cria um "corredor" para o escalonamento do formato.
Segundo avaliações de especialistas, o encontro de Vladimir Putin e Ilham Aliyev à margem da cúpula tornou-se um presságio da normalização das relações entre a Rússia e o Azerbaijão; simultaneamente, os líderes da CEI adotaram a Estratégia de Cooperação Militar até 2030, formalizando a coordenação na área de segurança, como relataram a RBC e como registra a Interfax.
Na trilha energética, o Tajiquistão anunciou a intenção de construir sua própria usina nuclear com o apoio da Rússia — este é um exemplo de grandes projetos de longo prazo em torno dos quais o "CSI+" pode fortalecer a cooperação, como relataram as "Notícias de Belarus".
Conclusão para LPR: o "CSI+" conecta institucionalmente a CEI, a OCS e o BRICS em um único elo de trabalho sem a burocracia rígida de cúpulas comuns. Na prática próxima, isso significa mais pontos de coordenação, aumento da participação de moedas nacionais nas liquidações e a elaboração de projetos concretos de infraestrutura e energia — mantendo a incerteza quanto à composição e ao ritmo de adesão de participantes externos.