A faísca foi uma combinação de duas tendências: a aceleração da criação de alternativas ao dólar no BRICS e a crescente pressão da dívida no mundo. O FMI sinaliza a escala da segunda: a dívida pública global até 2029 excederá o tamanho da economia mundial, como reporta a Moskva 24 com referência a uma declaração da diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva. Nesse contexto, especialistas e instituições dentro do BRICS promovem canais de pagamento e liquidação paralelos em moedas nacionais, conforme observado em um artigo da TASS sobre a coluna de Kashif Hasan Khan para o SCMP.
O grupo está expandindo as liquidações em moedas nacionais, utilizando o crédito através do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e desenvolvendo alternativas ao SWIFT; paralelamente, discute-se uma moeda cesta do BRICS. Esses mecanismos — desde o comércio mútuo em rublos, yuans e rúpias até alternativas de infraestrutura — já estão em uso, como descrito em uma análise da TASS com referência à posição de Kashif Hasan Khan. O tema de uma moeda "cesta" unificada ("bric") também foi fixado na discussão pública — desde a estrutura da cesta até o potencial de redução da necessidade de dólares no comércio do BRICS, como retransmitido pelo Belnovosti com referências a declarações anteriores e avaliações de centros analíticos.
O acúmulo de reservas em ativos "sólidos" complementa o quadro: os bancos centrais dos países do BRICS fortaleceram ativamente suas posições em ouro em 2025, o que se encaixa na lógica de diversificação do dólar, como descreve o Belnovosti com referência a dados do Conselho Mundial de Ouro.
"Um cenário mais realista é a emergência de uma ordem monetária multipolar, em vez do surgimento de uma moeda substituta."
Os EUA intensificam a pressão tarifária sobre a Índia, mas Nova Déli mantém o pragmatismo: as refinarias indianas aumentarão as compras de petróleo russo nos próximos meses, apesar dos impostos, como escreve a Lenta.ru com referência ao Economic Times e Nikkei Asia. O mercado de capitais responde com a expansão de instrumentos para hedge de exposições ao BRICS: a SPB Exchange lançou futuros liquidáveis em índices do Brasil, Índia, China e Arábia Saudita, bem como no índice BTCUSD, como informa o Buffett.ru sobre o lançamento da "SPB Futures".
A demanda dos investidores está mudando para ativos "de refúgio" — ouro e bitcoin — em meio à volatilidade do dólar e do euro, o que na discussão na mídia é associado ao aumento dos riscos de dívida e geopolíticos, como descreve o Belnovosti, apresentando referências de mercado e opiniões de investidores.
Ao cenário mais provável — uma arquitetura monetária multipolar sem uma única "substituição do dólar", mas com uma maior participação de moedas nacionais nas liquidações do BRICS e um crescimento do papel de canais alternativos, como argumentado em um artigo da TASS com base na posição de Kashif Hasan Khan. Paralelamente, a institucionalização de mercados regionais digitais de capitais (tokenização de ativos, "ativos financeiros digitais") pode ser acelerada — desde a liquidez até o acesso transfronteiriço — como analisa "Bancoskoe Obozrenie" na concepção "liquidez de CFA 2.0".
O que os executivos devem fazer:
Conclusão: a arquitetura está se tornando multipolar e mais tecnológica. As empresas que reorganizarem mais rapidamente os contornos cambiais, de infraestrutura e de mercado — desde liquidações e hedge até financiamento digital — sem esperar que as regras se fixem completamente, serão as mais beneficiadas.